Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, a 11 meses (20 de julho de 2018) foram colocados 750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) à taxa de juro média de -0,291%, de novo negativa e inferior à registada em 21 de junho de 2017, quando foram colocados 1.000 milhões de euros a uma taxa de juro média de -0,264%.

A três meses (17 de novembro de 2017), foram colocados 250 milhões de euros em BT à taxa média de -0,348%, mais negativa do que a verificada também em 21 de junho, quando foram colocados 250 milhões de euros a uma taxa de juro média de -0,337%.

A procura para os BT a 11 meses foi 2,45 vezes superior à oferta e para os BT a três meses 3,95 vezes superior.

Para João Queiroz, diretor da banca ‘online’ do Banco Carregosa, “a perceção de risco da dívida portuguesa continua a baixar, numa trajetória que vem já desde o início do ano”.

“Hoje, voltámos a ter taxas em mínimos históricos e negativas em ambos os prazos”, salientou.

Na emissão de dívida a 11 meses, “notámos uma procura bastante forte, apesar de hoje, pontualmente, as taxas no mercado estarem a subir, ainda que ligeiramente, no geral a tendência é de queda e os resultados dos leilões de hoje seguem essa tendência”, afirmou João Queiroz.

A dívida no prazo a 10 anos está a custar no mercado secundário um juro de 2,789%, quando no início do ano se pagava 4,23% e o mínimo foi nos 2,74%.

No fundo, “a dívida portuguesa está a pagar os juros mais baixos de sempre ou muito próximos desses valores”, de acordo com o responsável.

Os leilões de hoje estavam previstos no programa de financiamento a curto prazo do IGCP para o terceiro trimestre deste ano, período em que a agência liderada por Cristina Casalinho espera arrecadar 4.500 milhões de euros em bilhetes do tesouro.