"O primeiro-ministro, António Costa, transmitiu-nos uma única proposta, a redução do PEC para as pequenas e médias empresas, que não visa compensar o aumento do salário mínimo nacional (SMN), mas sim ir ao encontro das preocupações manifestadas por todos os partidos em responder às necessidades" dos pequenos médios empresários, disse à Lusa o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
A CGTP abandonou hoje o palácio de São Bento pelas 19:40, mas o primeiro-ministro, António Costa, continuava às 20:45 reunido com as confederações patronais e com a central sindical UGT.
A CGTP reuniu-se com António Costa, sem os restantes parceiros sociais, que apresentou uma proposta alternativa à redução da Taxa Social Única (TSU), hoje chumbada no parlamento, e que passa pela redução do PEC para as micro, pequenas e médias empresas.
"Não é um novo acordo, mas apenas uma solução para resolver um problema", disse o dirigente sindical, explicando que não conhece o conteúdo formal da proposta que será enviada aos parceiros posteriormente.
Só nessa altura a CGTP se vai pronunciar sobre esta medida, mas disse hoje à Lusa que "ela não se compara com a descida da TSU".
"Nós nunca aceitámos a redução da TSU e só ao fim de três anos conseguimos que ela caísse, valeu a pena resistir", acrescentou Arménio carlos.
Entretanto, o primeiro-ministro continuava esta noite reunido com as confederações patronais - Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo Português (CTP) – e com a UGT, subscritores do acordo de 22 de dezembro, que não inclui a CGTP.
Esta reunião na residência oficial do primeiro-ministro, convocada pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social, foi confirmada à agência Lusa por fontes do executivo e por representantes dos parceiros sociais.
A reunião acontece após o PSD, o Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV terem revogado no parlamento o decreto do Governo que previa uma descida temporária da TSU dos empregadores em 1,25 pontos percentuais como compensação pelo aumento do salário mínimo nacional para os 557 euros em 2017.
Comentários