"Eu não vou ter saudades do BPI porque eu continuarei completamente comprometido com o BPI. Espero talvez com um pouco menos de ‘stress’, até porque vou fazer 65 anos no dia da assembleia-geral (AG), que servirá, entre outras matérias, para passar a pasta executiva ao espanhol Pablo Forero", afirmou Ulrich.

"Saudades não vou ter nenhumas porque continuo cá. Já trabalho há 45 anos e já não tenho a energia que já tive", reforçou, para justificar o pedido que apresentou para deixar a comissão executiva do Banco BPI, na sequência da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank.

"A minha idade e longevidade da minha carreira, parece-me que a solução que foi encontrada - e sobre a qual falei durante muito tempo com o Gonzalo [Gortázar, líder do CaixaBank] - aquilo que foi hoje anunciado é perfeitamente consensual", acrescentou Ulrich, vincando que acredita que esta "é a melhor solução para o banco e para os clientes do banco".

Durante o período de transição (que deve durar até à AG de 26 de abril) a atual comissão executiva vai assegurar a gestão do banco, avançou o responsável.

"Nesse dia, faremos a apresentação de resultados do primeiro trimestre, e combinei com o futuro CEO [Pablo Forero] que ainda serei eu a fazer, porque ainda estaremos a trabalhar durante o primeiro trimestre", avançou.