O anúncio foi feito pela elétrica sul-africana, e tem efeitos imediatos, numa altura em que o país enfrenta temperaturas mais frias devido ao inverno na região.

"Há um risco elevado de que a fase de corte de carga tenha de ser alterada, dependendo do estado das centrais" nos próximos dias, advertiu a Eskom, numa nota citada pela agência France-Presse, na qual não se dá conta do número exato de horas nem das regiões em que a energia será cortada.

A África do Sul sofre cortes regulares de energia devido ao envelhecimento e à má manutenção das infraestruturas, mas os novos cortes de distribuição de energia, hoje anunciados, são os mais severos desde dezembro de 2019 e colocam o país na sexta fase crítica de cortes de energia, numa escala que vai até oito.

Depois de anos de má gestão, a empresa pública que gere a eletricidade no país está endividada e incapaz de produzir energia suficiente para o país, que provém em 80% do carvão.

Em março, o Estado foi obrigado a tomar medidas para garantir o direito constitucional a respirar ar puro, de acordo com a resolução dos tribunais sul-africanos, que alertaram para uma "poluição mortal".

Na Conferência das Partes (COP26) que decorreu em Glasgow, em novembro, o país garantiu 7,7 mil milhões de euros em empréstimos e subvenções para financiar uma transição energética que restringisse o uso de carvão.

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