Duas pessoas morreram na cidade de Nampula, cinco no distrito de Angoche, uma em Monapo e duas na Ilha de Moçambique, devido a desabamento de habitações, eletrocussão e materiais arremessados pelo vento.

O número deverá subir à medida que as equipas governamentais e de proteção civil, que hoje foram para o terreno, começarem a chegar aos distritos costeiros, parte dos quais continua sem energia, nem comunicações.

Há estragos generalizados no centro da província de Nampula, a partir das povoações costeiras de Mossuril e Mogincual, faixa ao longo da qual o ciclone se deslocou antes de perder intensidade.

As habitações de construção tradicional foram derrubadas, todo o tipo de telhados foi danificado, vários deles arrancados, e campos de cultivo foram destruídos.

A subida de caudal de vários rios e ribeiros cortou algumas estradas, como é o caso da via Liúpo - Mogincual.

Apesar de o ciclone ter perdido intensidade, continua a provocar chuva intensa e mantém-se o alerta para possível subida de caudal dos rios do norte e centro de Moçambique, nomeadamente o rio Licungo.

A empresa Eletricidade de Moçambique (EDM) anunciou na sexta-feira que havia 20 distritos sem energia, afetando cerca de 300 mil pessoas.

A tempestade Gombe chegou à costa moçambicana na madrugada de sexta-feira na categoria de ciclone intenso com chuva torrencial e vento de 165 quilómetros por hora, com rajadas superiores a 200.

A tempestade atingiu Moçambique três anos depois de os ciclones Idai e Kenneth terem fustigado, respetivamente, as regiões centro e norte do país naquela que foi uma das mais severas épocas chuvosas de que há memória.

LFO // CSJ

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