"Existe uma forma de diálogo e diplomacia para tentar resolver algumas dessas diferenças e evitar confrontos", disse Blinken à estação de televisão CNN, segundo a agência France-Presse.

"O outro caminho é o confronto e as consequências para a Rússia, se renovar a sua agressão contra a Ucrânia", referiu, acrescentando que Washington espera para ver qual o caminho que Putin pretende adotar.

Para Blinken, a evolução da situação não poderá ser feita num "ambiente de escalada, com armas apontadas à Ucrânia" e "a Rússia deverá deixar de ser a ameaça que representa para aquele país".

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos disse acreditar que é possível chegar a um consenso, mas lembrou também que os países do G7, à semelhança da União Europeia e da NATO, já tinham alertado para "consequências" no caso de uma nova "agressão" russa na Ucrânia, depois da anexação de província ucraniana da Crimeia em 2014.

Os Estados Unidos têm vindo a trabalhar "nas últimas semanas" com esses aliados para se alcançar um acordo, disse ainda.

Delegações dos Estados Unidos e da Rússia iniciam hoje em Genebra, na Suíça, dois dias de reuniões para debater as questões da Ucrânia e do controlo do armamento nuclear.

Os ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de soldados na fronteira da Ucrânia, antecipando uma possível invasão, o que Moscovo nega.

A Rússia reclama um compromisso da NATO de não integrar a Ucrânia na aliança militar, o que Blinken assinalou não estar em cima da mesa.

A tensão entre a Rússia e a Ucrânia vai continuar a marcar a agenda dos próximos dias: na segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reúne-se com o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba, antes de uma reunião da Comissão Ucrânia-Aliança Atlântica, e para terça-feira está prevista uma reunião Rússia-NATO.

FCC // PAL

Lusa/Fim