No segundo trimestre do ano, as estatísticas do turismo e movimentação de hóspedes do INE concluíram que a hotelaria cabo-verdiana registou um aumento de 688,5% de turistas, face ao mesmo período do ano de 2021.

Em todo o ano de 2021, segundos dados divulgados anteriormente pelo INE, a hotelaria cabo-verdiana contabilizou 169.068 hóspedes, contra os 207.125 em 2020, em ambos os casos -- ainda sob os efeitos da covid-9 - longe do recorde de mais de 819 mil turistas em 2019.

Entre abril e junho, o Reino Unido passou a ser o principal país de proveniência de turistas para Cabo Verde, com 31,8% do total das entradas, que tiveram uma estadia média no país africano de 5,6 noites.

A seguir aparecem Portugal, Alemanha, Países Baixos e França, responsáveis por, respetivamente, 13,2%, 11,5%, 9,7% e 5,8% do total das entradas de turistas em Cabo Verde.

No período em análise, as dormidas foram de 786.727, um aumento de 796,9%, em relação ao segundo trimestre de 2021.

O Reino Unido passou a ocupar o primeiro lugar nas dormidas, com 38,8% do total, seguido da Alemanha, com 12,6%, Portugal, com 11,3%, Países Baixos, com 9,8%, e França, com 4,6%.

Relativamente às ilhas, a do Sal passou a ser a mais procurada pelos turistas, representando 57,9% das entradas nos estabelecimentos hoteleiros cabo-verdianos, segundo o INE.

Seguem-se as ilhas da Boa Vista, com 21,3%, Santiago, com 11,0%, S. Vicente, com 5,4%.

Em relação às dormidas, Sal continuou no primeiro lugar, com 52,2%, Boa Vista com 38,4%, Santiago com 4,1%, e Ilha de S. Vicente com 3,0%.

"Por países de residência habitual dos hóspedes, os residentes em Cabo Verde originaram 7,0% das entradas e 3,9% das dormidas", lê-se no relatório do INE.

Segundo o instituto, os hotéis continuaram a ser os estabelecimentos hoteleiros com maior taxa de ocupação-cama no segundo trimestre em Cabo Verde, com 52%.

"Seguem-se os aldeamentos turísticos, com 51%, os hotéis-apartamentos e as pensões com a mesma percentagem, 14%, e pousadas e residenciais também com a mesma percentagem, 13%", concluiu o INE.

O país espera mais do que duplicar o número de turistas que chegam ao arquipélago em 2022, invertendo a tendência de queda nos últimos dois anos por causa da pandemia de covid-19, segundo previsões do Orçamento do Estado.

Em 2020, no primeiro ano da pandemia de covid-19, Cabo Verde teve uma queda histórica na chegada de turistas de 75%, correspondendo a menos cerca de 600 mil turistas, depois de um recorde de 819 mil chegadas em 2019.

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