"Apesar do desempenho das Forças Armadas ser positivo e ter-se desenvolvido com determinação durante décadas, a Finlândia, como país pequeno, não pode criar por si só um efeito dissuasor que garante a preservação da paz", assinalou a comissão em comunicado.

Segundo a conclusão da comissão, a Finlândia mantém uma ampla cooperação bilateral e multilateral com outros países em termos de Defesa, mas esta colaboração internacional não inclui garantias de segurança e não está explícito que ajuda receberia a Finlândia numa situação de crise.

Pelo contrário, prossegue a comissão, a integração na NATO "aumentaria significativamente" o efeito dissuasor face a uma eventual agressão militar da Rússia, devido à cláusula de assistência mútua da Aliança.

Petteri Orpo, porta-voz da comissão e líder do partido conservador Kokoomus, assegurou em conferência de imprensa que a sólida defesa finlandesa proporciona uma boa base de segurança, mas garantiu "não ser suficiente para a situação atual e face à ação russa".

Segundo 'media' locais, o país escandinavo, parceiro da Aliança mas não membro formal, pode solicitar a adesão ainda esta semana, pondo termo a quase oito décadas de estatuto "neutral".

O Presidente finlandês, Sauli Niinisto, responsável pela política de segurança e defesa junto do executivo, anunciou que divulgará a sua posição até à próxima quinta-feira.

A primeira-ministra, Sanna Marin, tem a intenção de tomar a mesma posição até sábado, quando o partido social-democrata que lidera decidir a sua posição sobre a NATO.

Segundo uma sondagem divulgada na segunda-feira pela televisão pública YLE, 76% dos inquiridos pronunciaram-se pela adesão, e 12% emitiram opinião contrária.

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