"Os acontecimentos na fronteira de Melilla são profundamente preocupantes. Primeiro, e acima de tudo, pela perda de vidas. Em segundo lugar, a travessia forçada e violenta de uma fronteira internacional nunca poderá ser tolerada", escreveu a comissária numa mensagem na sua conta no Twitter.

"Esta tragédia sublinha o porquê de precisarmos de rotas seguras, realistas e a longo prazo que reduzam as viagens desesperadas e condenadas", assinalou Johansson.

Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, se referiu hoje ao incidente, quando questionado durante uma conferência de imprensa à margem da cimeira do G7 em Elmau (Alemanha), transmitiu as suas condolências às vítimas e suas famílias e apoiou a Espanha na sua gestão destas questões.

"Sabemos que a migração é um desafio difícil para todos. Expresso o meu apoio às autoridades espanholas. Compreendo muito bem que, no domínio da migração, às vezes enfrentamos situações extraordinárias", disse.

A tragédia que ocorreu continua a somar mortes, que já são 23, de acordo com o número oficial, embora as associações elevem o número para 37, no meio de críticas à ação policial marroquina e à exigência de uma investigação.

Na sexta-feira, cerca de 2.000 migrantes de origem subsaariana tentaram entrar ilegalmente em Melilla saltando a vedação de Nador (Marrocos) e 133 conseguiram passar para território espanhol.

O número de vitimas mortais apresentados pelas organizações de defesa dos direitos humanos diferem dos das autoridades marroquinas, que indicaram 23 mortos, com a Associação Marroquina dos Direitos Humanos a colocar o total de mortos em 27, enquanto a organização não-governamental Caminhando Fronteiras indica 37 óbitos.

No lado marroquino foram detidas cerca de mil pessoas, segundo as autoridades de Marrocos citadas pela agência de notícias espanhola EFE.

ANP // TDI

Lusa/Fim