A operação de concentração foi notificada há uma semana, quase duas semanas após a 'holding' do grupo LeYa, a LeYa Global, ter anunciado a assinatura de um contrato de compra e venda, sem divulgar o valor, com o Grupo ILI, que é diretamente controlado pelo fundo de investimento holandês NPM Capital que por sua vez integra a SHV Holdings, a empresa-mãe do Grupo ILI.

A compradora da Leya, segundo o aviso publicado pelo regulador da Concorrência, é uma subsidiária da Infinitas Learning International (ILI), sociedade 'holding' do Grupo ILI do setor educativo, especializada no mercado editorial escolar e com atividade no mercado das editoras escolares na Bélgica, Países Baixos e Suécia.

A LeYa dedica-se à edição, distribuição e venda de livros, bem como à produção e distribuição de conteúdos educacionais, operando ainda no mercado retalhista dos livros, através das suas seis livrarias e da loja online.

O grupo Leya, no comunicado divulgado no final de fevereiro, informava sobre a manutenção da sua autonomia "quer no desenvolvimento de produtos e serviços para o sistema educativo português, quer no negócio de edições gerais" e defendia que esta venda "levará a LeYa a um novo patamar de inovação".

A empresa, nesse documento, dizia pretender continuar "o seu percurso de crescimento e afirmação, quer enquanto parceiro educativo, para professores e alunos, quer como editora de referência, para os seus autores e leitores", e salientava os "benefícios mútuos" da operação no que respeita ao crescimento e partilha do 'know-how' dos colaboradores.

Criada em 2008, com sede em Portugal, a LeYa está também presente em Angola, Brasil e Moçambique, publicando os livros de edições gerais e escolares em Moçambique através da marca Texto Editores.

A Leya, segundo a sua página de internet, publica as marcas ASA, BIS, Caminho, Casa das Letras, Dom Quixote, Gailivro, LeYa, Lua de Papel, Oficina do Livro, Quinta Essência, Sebenta, Teorema e Texto.

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