"Tenho pena que os nossos países não estivessem estado aqui todos presentes" num momento tão significativo, disse, à Lusa, em Brasília, Zacarias da Costa, à margem das celebrações dos 200 anos do famoso grito "Independência ou morte!", de D. Pedro.

O responsável recordou, contudo, que Angola está ainda em processo pós-eleitoral e que outros compromissos e dificuldades de programação dos próprios chefes de Estados terão pesado na decisão.

O único estado-membro da CPLP que não tem representação diplomática em Brasília é São Tomé e Príncipe.

São Tomé, Angola e Guiné Equatorial não tiveram qualquer representante nas comemorações oficiais.

Os chefes de Estado de Portugal, Cabo Verde e Guiné foram os únicos a marcarem presença tanto no desfile em Brasília, no dia 07 de setembro, como na sessão solene, no dia seguinte, no Congresso Nacional do Brasil.

O deputado Sérgio José Camunga Pantie representou a Presidência de Moçambique no Congresso e Timor Leste teve um representante diplomático.

Zacarias da Costa elogiou o país anfitrião, dizendo ser "significativo que o Brasil tenha convidado apenas os países de língua portuguesa para participar nas comemorações do 07 setembro".

O Brasil, disse, tem estado "bastante empenhado e interessado", frisou, ressalvado que tem tido "abertura, carinho e apoio em continuar a apoiar a CPLP" e que tem estado na "linha da frente no apoio ao Fundo especial da CPLP"

"Este Governo está empenhado em contribuir para a CPLP" em termos de cooperação de investimento financeiro, frisou o responsável.

Questionado sobre o aproveitamento político que o Presidente brasileiro fez do desfile oficial das comemorações do bicentenário em Brasília, Zacarias da Costa disse estar no país "para congratular o povo brasileiro"

"A forma como as celebrações são feitas, enfim, cada um tem a sua forma", disse.

MIM // PJA

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