O número de desempregados na maior economia da Europa diminuiu em 18.000 (em dados corrigidos das variações sazonais) face a fevereiro, uma redução menor do que a verificada em fevereiro (-32.000), quando a taxa desceu de 5,1% para 5,0%.

A taxa de desemprego subiu para 6% devido à pandemia de covid-19, e depois voltou ao nível pré-crise após um rápido declínio a partir de maio de 2021.

"O mercado de trabalho continua a melhorar", nota Daniel Terzenbach, diretor regional da agência de emprego.

"O desemprego está a diminuir e o emprego a aumentar com o relaxamento [das restrições] e o início da primavera", acrescentou.

As consequências da guerra na Ucrânia "só são visíveis nos dados isoladamente", segundo o especialista, embora "os perigos de uma maior escalada e, por exemplo, uma paragem no fornecimento de energia, pesem na evolução económica".

O influente grupo de economistas que aconselha o Governo alemão "cinco sábios" cortou na quarta-feira a previsão de crescimento para 2022 da maior economia da Europa de 4,6% para 1,8% devido à guerra na Ucrânia.

Os "cinco sábios" também esperam que a inflação atinja um pico de 6,1% este ano, antes de cair para 3,4% em 2023, quando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deverá recuperar para 3,6%, de acordo com um comunicado.

A maior economia da Europa já tinha tido um desempenho inferior ao dos vizinhos europeus em 2021, com a escassez de componentes e matérias-primas a travar a atividade industrial.

A Alemanha está particularmente exposta às consequências económicas da guerra na Ucrânia devido à sua forte dependência do gás russo e ao peso da sua indústria, que sofre de problemas de abastecimento agravados pela guerra.

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