Paulo Espírito Santo afirmou que "a não inclusão na lista" dos países africanos lusófonos "não beneficia a cooperação", até porque, alegou, estes Estados "têm a pandemia sob controlo".

Desde 01 de setembro que é permitida a entrada de cidadãos de 41 países em Macau, incluindo o Brasil, ainda que obrigados a cumprir uma quarentena.

O secretário-geral Adjunto do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e príncipe pediu ainda às autoridades de Macau para reverem a decisão "para se ir ao encontro da mais elementar justiça".

O tom do discurso, contudo, foi marcado pelo sublinhar das oportunidades que têm sido abertas à comunidade lusófona pelo menos desde o início do século, com a criação do Fórum Macau, e pela necessidade de se continuar a reforçar a cooperação e a potenciar o papel de Macau enquanto plataforma entre a China e os países de língua portuguesa.

É preciso continuar "a atrair novos negócios diferenciados de base lusófona e "atrair investidores lusófonos", salientou.

As declarações de Paulo Espírito Santo foram realizadas no "Fórum dos Think Tanks entre a China e os Países de Língua Portuguesa: Com base na plataforma de Macau, impulsiona-se uma cooperação mais estreita entre a China e os Países Lusófonos nesta Era Nova".

O fórum centrou-se na discussão de dois sub-temas: "As iniciativas relacionadas com o desenvolvimento e a segurança no mundo e o futuro da cooperação entre a China e os países de língua portuguesa" e o "Papel de Macau na cooperação entre a China e os países de língua portuguesa".

O evento, que teve lugar no Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, foi organizado pelo Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau e pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China, com a Universidade Politécnica de Macau.

JMC // PJA

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