Além de abater 14 terroristas e ocupar as bases, a força conjunta da África Austral resgatou 13 pessoas que estavam em cativeiro nas proximidades do posto administrativo de Chai, no distrito de Macomia, indica a missão, em nota de imprensa.

"As forças da SAMIM confiscaram armas que incluem lançadores RPG 7, metralhadoras PKM, AK47, granadas, entre outras", segundo a nota, acrescentando-se que a operação começou em 22 de novembro, embora as bases tenham sido ocupadas nos dias 19 e 20 de dezembro.

A força militar da SADC lamenta um total de nove baixas durante esta ofensiva, incluindo três mortos.

"As forças da SAMIM em apoio ao Governo de Moçambique continuam a criar as condições necessárias para um regresso à vida normal na província de Cabo Delgado, à medida que perseguem os terroristas", acrescenta-se na nota.

No total, segundo a mesma fonte, pelo menos 23 insurgentes já foram abatidos pela força conjunta em operações em Cabo Delgado.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas tem sido aterrorizada desde outubro de 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda, a que se juntou depois a SADC, permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.

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