Numa audição parlamentar, sobre o Orçamento do Estado para 2023, Pedro Adão e Silva revelou que serão abertos dois concursos para a contratação de trabalhadores afetos ao Património, nomeadamente 74 vigilantes e 40 restauradores conservadores.

Segundo o ministro da Cultura, vinte conservadores irão trabalhar para o Laboratório José de Figueiredo, dois ficarão afetos ao Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa), outros dois irão para o Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto), dois para Conímbriga e um para o Museu Machado de Castro (Coimbra).

O ministro da Cultura reconheceu que "os problemas estruturais [no setor do Património] não se resolvem com remendos de curto prazo" e que estes problemas "se arrastam há décadas".

"Há um diagnóstico que é grave e que está feito: museus e monumentos carecem de um reforço urgente de recursos humanos e precisam de maior autonomia na gestão, que lhes permita, entre outras coisas, diversificar e expandir as suas fontes de receita", disse Pedro Adão e Silva.

A falta de trabalhadores tem sido uma das principais queixas na área do Património e em particular na gestão dos museus, monumentos e palácios nacionais.

Em julho de 2021, o ex-diretor-geral do Património Cultural (DGPC) Bernardo Alabaça revelava que o número de contratações de funcionários para aquele organismo, à espera de autorização do Ministério das Finanças, chegava a 140, incluindo 74 assistentes técnicos para museus.

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