Na informação que enviou hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o dono do português Santander Totta sublinha que o seu lucro recorrente (ordinário) foi de 8,654 milhões, mais 78% do que no ano anterior, excluindo a despesa líquida de 530 milhões de euros para custos de reestruturação que realizou no primeiro trimestre de 2021.

O banco atribui estes resultados à "retoma da atividade", com um crescimento de 4% nos empréstimos e 6% nos depósitos, o que permitiu um aumento "sólido" das receitas de comissões, bem como à melhoria da qualidade do crédito, o que reduziu em 37% o nível de provisões para insolvências.

"Os nossos resultados de 2021 demonstram mais uma vez o valor da nossa escala e presença nos mercados desenvolvidos e em desenvolvimento, com lucros atribuíveis 25% superiores aos níveis pré-pandemia em 2019", considera a presidente do grupo Santander numa declaração escrita.

Ana Botín sublinha que a instituição em todas as regiões e empresas que lhe pertencem está "a proporcionar um crescimento sólido e consistente de primeira ordem", com os EUA e o Reino Unido em destaque e o Brasil e o Chile como os bancos mais rentáveis.

Segundo o Santander, o lucro subjacente na Europa e América do Norte foi mais do dobro do mesmo período do ano passado, aumentando respetivamente 110% e 109% em euros constantes, enquanto na América do Sul aumentou 24%.

As provisões foram reduzidas em 37% em euros constantes, uma vez que o grupo libertou cerca de 750 milhões de euros das provisões feitas em 2020.

A solvência, medida pelo rácio de capital de qualidade máxima "fully-loaded" CET1 foi de 12,12%, pretendendo o banco que este indicador fique em cerca de 12% no futuro.

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