Os apoios tinham sido suspensos há mais de um ano perante a falta de pagamento da contrapartida por parte do governo guineense aos projetos em curso nos domínios da agricultura, energia e construção de estradas, bem como ao próprio banco.

O BOAD, banco que apoio o desenvolvimento de países da União Económica e Monetária de África Ocidental (UEMOA) enviou para Bissau uma delegação para negociar o reescalonamento da divida.

O banco aceitou o pagamento durante oito anos, com um período de carência de três anos, adiantou João Fadiá, anunciando também o desembolso de verbas do BOAD para projetos em curso.

De imediato, as empresas contratadas para a reabilitação ou construção de estradas urbanas em Bissau e aquelas que operam em projetos de produção de cereais na zona norte irão receber o correspondente a três mil milhões de francos CFA em atraso, indicou o ministro.

João Fadiá disse ainda que uma delegação do governo guineense estará estas quinta e sexta-feira no Togo, a sede do BOAD, para negociar o desbloqueamento de fundos para financiar o projeto de construção de linhas de condução da energia que virá da barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri, até a Guiné-Bissau. O projeto também estava suspenso.

O ministro da Economia e Finanças guineense está igualmente confiante em que o conselho de administração do BOAD irá aprovar, ainda neste mês de março, o desbloqueamento de fundos para a construção da estrada que ligará as cidades de Buba e Catio.

As duas cidades, no sul da Guiné-Bissau, são consideradas zonas essenciais para a produção do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses.

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