Isaque Chande, que falava durante o lançamento do Fundo do Canadá para o apoio ao programa do Governo em Maputo, disse que o valor, a ser disponibilizado para um período de cinco anos, vai servir para modernização dos arquivos do notariado e facilitar e aumentar o número de registos oficiais.

"Tem sido nossa preocupação reduzir o tempo de espera para emissão de certidão de nascimento", declarou o governante, considerando que a modernização do registo civil em Moçambique vai aumentar a fiabilidade dos dados estatísticos existentes.

Com a adoção do sistema eletrónico de registo em 2014, prosseguiu o governante moçambicano, o país debate-se com a falta de recursos para sua massificação e implementação, uma situação que pode vir a ser alterada com este novo programa de apoio.

"Este evento traduz um marco histórico no processo evolutivo de inovação e aperfeiçoamento dos sistemas informáticos de registo", acrescentou o governante moçambicano.

Por sua vez, Marcouigi Corsi, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Moçambique, entidade que também integra o grupo que apoia o programa, destacou a importância da reforma do registo civil, considerando que a medida vai garantir a criação de um sistema centralizado, garantindo a identidade certificada às crianças como primeiro direito.

"As atividades descritas na presente proposta vão ajudar o Governo a incrementar as taxas de registo de nascimento para 60% no fim de 2017 e para 80% até o final de 2019", disse Marcouigi Corsi, referindo que o apoio do Canadá também terá como resultado a criação de um ambiente favorável para o registo civil, incluindo a introdução de um quadro legislativo regulador.

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