Em causa está um edifício de estrutura em ferro, construído ainda no tempo colonial português, cujo desenho é atribuído à casa Gustave Eiffel, reabilitado com o apoio da empresa Endiama, concessionária estatal do setor diamantífero angolano, depois de décadas de abandono.
No sábado à tarde, a empresa entrega o monumento, já reabilitado, ao Ministério da Cultura, informou à Lusa fonte da Endiama. Em paralelo, o espaço abre portas com uma exposição da Fundação Sindika Dokolo, no âmbito da Trienal de Luanda que decorre até novembro na capital angolana.
A Lusa noticiou em abril de 2015 que o Governo angolano atribuiu proteção ao "Palácio de Ferro" para possibilitar a sua transformação em Museu do Diamante.
De acordo com um decreto executivo assinado pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, foi então estabelecida "excecionalmente" uma Zona Especial de Proteção num raio de 10 metros a contar dos limites exteriores daquela construção.
"Havendo necessidade de conservar e preservar o imóvel", reconhece o mesmo documento, assim como a "conveniência do desenvolvimento do projeto visando a sua requalificação e reconversão em Museu do Diamante".
A Endiama anunciou, em 2014, a construção deste museu, na baixa de Luanda, estimando um investimento de 70 milhões de dólares (64,5 milhões de euros).
De acordo com informação divulgada na altura, a construção e montagem deste museu é um projeto para executar em três anos e inclui a edificação de um prédio envolvente, com sete andares, para rentabilizar o espaço, que terá como base o "Palácio de Ferro".
Aquando do anúncio da construção do Museu do Diamante, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Carlos Sumbula, apontou o objetivo de montar um espaço que ajude a contar a história da formação dos diamantes dentro dos quimberlitos.
Angola está entre os cinco maiores produtores de diamantes do mundo em valor e entre os dez maiores produtores em quantidade, sendo este o segundo produto de exportação do país, a seguir ao petróleo.
PVJ // VM
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