A exposição no espaço londrino "the Cera Project" reúne trabalhos do angolano Binelde Hyrcan, do moçambicano Mário Macilau, da portuguesa Pauliana Valente Pimentel, do brasileiro Ricardo Teles e do cabo-verdiano Abraão Vicente até 06 de maio.

O N'WE é o primeiro coletivo de artes visuais que tem em comum a língua portuguesa, que a curadora Inês Valle garante estar aberto a mais participantes.

"Evoca um repensar das multicamadas que emergem de olhar atento sobre territórios que se unem por uma língua comum", descreve o programa.

Binelde Hyrcan, que representou Angola na Bienal de Veneza de 2015, vive atualmente entre Nice e Luanda, cidade onde nasceu e onde expôs recentemente no quadro da 3.ª Trienal artística da capital angolana.

Fotógrafo profissional desde 2007, Mário Macilau mantém residência em Maputo, apresar de ter uma atividade bastante internacional, tendo recentemente mostrado o seu trabalho em Nova Iorque e hoje vai abrir uma exposição em Luanda.

Pauliana Valente Pimentel, que vive em Lisboa, mantém em paralelo o trabalho de fotorreportagem para publicações de vários países e uma produção de caráter mais artístico, o que lhe valeu o prémio de Artes Visuais da Sociedade Portuguesa de Autores em 2015 e a nomeação para o Prémio Novo Banco 2016.

Ricardo Teles nasceu em Porto Alegre, mas desde 1994 que trabalha em São Paulo em documentação e fotojornalismo. Já venceu vários prémios pela sua obra, incluindo dois livros que produziu "Saga - Retrato das Colónias Alemãs no Brasil" e "Terras de Preto - Histórias de nove comunidades negras rurais do Brasil".

Sociólogo de formação, o cabo -erdiano Abraão Vicente é escritor e poeta e também pintor e fotógrafo autodidata, cuja obra já fez parte de exposições individuais e coletivas.

A exposição faz parte do "the Cera Project", um projeto de curadoria de Inês Valle que pretende ser itinerante e focar-se no diálogo entre os hemisférios norte e sul.

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