O anúncio da verba foi feito na cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, no Brasil.

Leopoldo Amado, diretor do INEP, disse hoje à Lusa que o dinheiro vai ajudar a "reapetrechar" aquele centro de produção de conhecimento na Guiné-Bissau, que também funciona como única biblioteca e arquivo histórico do país.

Grande parte do acervo do INEP foi danificado ou roubado durante a guerra civil de 1988/89.

O local foi utilizado durante 11 meses como quartel militar pelo exército do Senegal que veio em auxílio do então Presidente guineense, Nino Vieira, que era o alvo dos soldados do seu país.

Com o fim do conflito, a fundação Mário Soares ajudou o INEP a recuperar o seu espólio.

A verba anunciada pela CPLP vai permitir ao instituto ter "as condições mínimas de trabalho", defendeu o diretor, que prevê também utilizar o dinheiro na formação e desenvolvimento de "pesquisa avançada" sobre as causas de conflitos na Guiné-Bissau.

Leopoldo Amado propõe combinar nesse estudo as componentes sociológica e antropológica com os elementos históricos para melhor compreender a persistência das crises no país.

O dinheiro será ainda usado para produção de estudos sobre a inserção económica da Guiné-Bissau no mercado da sub-região da África Ocidental, bem como mundial, indicou Amado, que vê no gesto da CPLP "algo extraordinariamente importante".

MB // VM

Lusa/Fim