Os agentes, com 29 e 32 anos, pertencentes aos Departamento de Migração da Polícia de Segurança Pública (PSP), terão alegadamente recebido subornos de pelo menos 300.000 dólares de Hong Kong (32.660 euros), disse fonte da PJ à agência Lusa.

Ambos foram detidos no Posto Fronteiriço do Cotai na madrugada de domingo pela PJ, com a ajuda da PSP, tendo sido também detida uma residente de Macau, de 33 anos, num apartamento na Taipa, por alegado envolvimento no caso, indicou a mesma fonte.

Segundo a investigação da PJ, que teve início em junho, os dois agentes dos Serviços de Migração proporcionariam a entrada ou saída de imigrantes ilegais, de carro, através do Posto Fronteiriço do Cotai quando um deles se encontrasse de serviço.

Tal sucedia na sequência de telefonemas de imigrantes ilegais para um dos agentes -- apontado pela PJ como 'cérebro' do esquema -- ou para a mulher suspeita de envolvimento na mesma rede.

Segundo a PJ, foram ainda detidos três imigrantes ilegais em dois hotéis em Macau, além de um cidadão da China que seria supostamente responsável por transferir os subornos pagos pelos imigrantes ilegais para a referida rede criminosa.

Um dos imigrantes entrou e saiu de Macau ilegalmente por sete ocasiões, desde dezembro de 2016, mediante o pagamento de 10.000 a 30.000 dólares de Hong Kong (de 1.088 euros a 3.266) de cada vez.

A rede, que estaria a operar há pelo menos oito meses, terá tratado de pelo menos dez entradas e/ou saídas ilegais de Macau, de acordo com a PJ.

DM // PJA

Lusa/Fim