O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) constituiu uma comissão que convidou os militantes para encontros individuais que teriam início nesta segunda-feira, mas "a metodologia de trabalho" deverá ser alterada, acrescentou.

A comissão deverá reunir-se com o "grupo dos 15" nos próximos dias, em vez de realizar encontro individuais, referiu a mesma fonte, baseando-se em contactos entretanto realizados.

Na sexta-feira, um dos deputados disse em conferência de imprensa que o grupo voltaria ao diálogo desde que fossem levantadas as sanções impostas aos seus membros e ao mesmo tempo voltou a pedir a demissão do líder do partido, Domingos Simões Pereira.

O PAIGC, vencedor das últimas eleições na Guiné-Bissau, em 2014, pretende chegar à reconciliação com o grupo de 15 parlamentares que em janeiro se juntou à oposição.

A perda da maioria na Assembleia Nacional Popular (ANP) foi uma das razões invocadas pelo Presidente da República para demitir o governo do PAIGC, em maio, e empossar um executivo que junta elementos do grupo dos 15 e do Partido da Renovação Social (PRS).

No entanto, as divisões impediram que o parlamento voltasse a funcionar, levando a um beco sem saída.

A aparente reaproximação entre o grupo opositor e o PAIGC acontece depois de uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ter promovido, em setembro, a assinatura de um acordo para formação de um governo de inclusão.

LFO // PJA

Lusa/fim