De acordo com o relatório sobre o endividamento dos países africanos, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, este valor representa uma subida de 7,4% face aos 53 mil milhões de dívida emitida no ano passado e comprova que a crise dos preços das matérias-primas, iniciada em 2014, continua a afetar fortemente estas economias dependentes dos recursos naturais para equilibrarem os orçamentos.

"Esta subida reflete o aumento das emissões planeadas pelos maiores emissores, do ponto de vista histórico, [que são] África do Sul e Angola", lê-se no documento, que aponta que, no caso do país lusófono, o endividamento "deve-se parcialmente a grandes amortizações previstas para 2018", enquanto na África do Sul a subida explica-se pela "fraca trajetória orçamental".