"São Tomé é um país que está em risco de endividamento e é necessário que a despesa seja bastante controlada. O FMI está a controlar a dívida e ao mesmo tempo a promover o crescimento, é necessário que a despesa seja bastante controlada", disse Maxwell Opoku-Afari, chefe da missão do FMI para São Tomé e Príncipe.

O responsável do Fundo, que terminou hoje uma missão de 15 ao país, disse que o défice primário interno do arquipélago "aumentou uma vez que a despesa se situou acima da receita", tendo provocado uma derrapagem financeira.

Sublinhou que por causa disso, foi recomendada ao governo são-tomense "políticas corretivas para corrigir esta situação de derrapagem".

O executivo de Patrice Trovoada, que no ano passado contraiu uma divida de 30 milhões de dólares a uma empresa chinesa, justifica que precisa contrair dívidas para promover o investimento interno.

Se o governo necessita de financiamento para investimento, o FMI aconselha o executivo a aumentar a receita tributária, "mobilizando mais fundos a nível interno" ou a recorrer a "apoios concessionais" que não criam mais dívida.

"Isso pode ser feito com taxas de juro praticamente inexistente ou muitíssimo baixa", explicou Maxwell Opoku-Afari , defendendo também que o governo pode promover investimento através de parcerias público-privadas.

MYB // APN

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