Aissatu Forbs explicou que o projeto de promoção da rizicultura, em preparação desde 2012, vai criar cooperativas agrícolas de jovens nas regiões de Quinara e Tombali, no sul, Oio, no norte, Gabu e Bafatá, no leste.
No total serão enquadrados cerca de 2.500 jovens, dos 15 aos 35 anos, e ao longo de cinco anos terão apoios de uma unidade de gestão do projeto coordenada por técnicos do Ministério da Agricultura.
A líder do CNJ guineense, médica de profissão, acredita que o arroz, base da dieta alimentar do país, a ser produzido nas dez cooperativas dos jovens, será comercializado e consumido na Guiné-Bissau "já em 2020".
Dados do governo guineense, indicam que, em condições normais, a Guiné-Bissau produz cerca de 111 mil toneladas do arroz e importa cerca de 150 mil toneladas, que custam 75 milhões de dólares (70,3 milhões de euros).
"Os jovens vão contribuir, com o arroz que vão produzir, para diminuir drasticamente a importação e ajudar na auto-suficiência alimentar", observou Aissatu Forbs, de 26 anos.
O projeto de promoção da rizicultura a favor de jovens guineenses é financiado pelo Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD) em 15,2 milhões de euros e atuará nas 'bolanhas' (arrozais) das cinco regiões, cedidas pelas populações, explicou Aissatu Forbs.
A presidente do CNJ adiantou que o trabalho permitirá que as 'bolanhas' deem duas colheitas por ano, além de garantir aos jovens beneficiários, e às mulheres das aldeias, o acesso a aulas de alfabetização funcional.
Aissatu Forbs elogia a parceria entre o CNJ e a Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), duas organizações propulsoras do projeto, que, defendeu, "vai ajudar a mudar a vida de muitos jovens" guineenses.
MB // EL
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