Duas "casas das mães" nas povoações de Catió e Buba e ainda um bloco operatório nesta última localidade vão ser edificados nos próximos meses.

O bloco operatório permitirá a realização de cesarianas, evitando a deslocação de grávidas até outras regiões, enquanto as casas servirão para acolher mulheres provenientes de comunidades remotas com gravidez de risco.

Os projetos contam com o apoio do programa H4+ do Fundo das Nações Unidas para Atividades Populacionais (UNFPA) e da cooperação sueca.

Embora estejam a 70 quilómetros da capital, em linha reta, a falta de estradas e de uma ponte sobre o Rio Geba obrigam a contornar o país durante cinco a sete horas para se viajar de Bissau até Buba e Catió.

Tal como no resto do país, na zona sul não há redes de eletricidade, nem água e as comunicações e os serviços do Estado são precários ou inexistentes no meio da savana subsariana.

A Guiné-Bissau é o país lusófono com pior taxa de mortalidade materna e é o 18.º pior classificado nas estatísticas globais da Organização Mundial de Saúde divulgadas em maio sobre os 194 países membros.

A OMS estima que 549 mães morram por cada 100 mil nascimentos na Guiné-Bissau.

De acordo com as mesmas estatísticas, mais de metade dos partos no país não é acompanhado por ninguém capacitado para dar assistência.

A Guiné-Bissau está entre os 15 piores no que respeita à taxa de mortalidade de crianças até aos cinco anos: 92 mortes por cada 1000 nascimentos. Nos estados lusófonos é um valor só superado por Angola, com 157.

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