O título do certame, em crioulo, pretende ilustrar a importância da agricultura: "produto di no tchon i firkidja di no bida", ou seja, os produtos da terra são os alicerces da nossa vida.
A feira arranca na sexta-feira com animação de dois grupos de teatro sobre alimentação saudável.
Num país em que a maioria da população não sabe ler nem escrever, as artes cénicas servem como forma de sensibilização para uma alimentação saudável e controlo nutricional das crianças e mulheres grávidas com produtos locais.
No sábado, a partir das 10:30, inicia-se uma sessão de degustação dos diferentes produtos transformados localmente, produzidos pelas organizações convidadas da feira.
A iniciativa é coordenada pela federação de agricultores KAFO, pela organização não-governamental Essor e tem financiamento da União Europeia.
Paralelamente terá lugar a quinta edição do Festival Cultural de Cacheu, do qual se destaca uma conferência sobre história da escravatura e tráfico negreiro, a origem da Tina (género musical guineense) e a importância do pano de pente (tecido tradicional).
A conferência dará uma atenção particular às potencialidades de Cacheu como ponto de turismo histórico e cultural e também vai debater qual a melhor estratégia de integração da temática da escravatura no currículo escolar na Guiné-Bissau.
Durante o festival, haverá ainda uma visita às obras em construção dos blocos B e C do Memorial da Escravatura e do Tráfico.
O edifício central foi inaugurado a 08 de julho e inclui um pavilhão multiusos, salas de formação, residência para investigadores e um museu que preserva alguns artefactos que marcavam o dia-a-dia dos escravos.
O programa desta sexta-feira e sábado e Cacheu inclui também música ao vivo, teatro e projeção de um filme sobre as edições anteriores do festival de Cacheu.
MB/LFO // APN
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