Nsue conformou que muitos dos acusados, num total de 146, foram absolvidos, e disse que será apresentado um recurso pelas acusações que incluem sedição, apesar de se ter mostrado pessimista: "Não temos esperança, estamos perante uma ditadura. O recurso não vai avançar".

O líder da formação, Gabriel Nsé Obiang Obono, que não se encontra entre os acusados, disse por telefone à agência noticiosa Efe que o chefe de Estado, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, quer "dissolver o partido (...) por ser o único que o confrontou na Guiné Equatorial".

Na sexta-feira, o procurador-geral da República da Guiné Equatorial tinha já defendido a dissolução CI, no decurso do julgamento de 147 militantes do partido.

"O partido CI deve ser dissolvido. Há violência em todo o lado onde realizam comícios, não se assemelha a um partido político porque eles não respeitam nenhuma norma, é como um grupo paramilitar", declarou Nguema Obiang ao tribunal de Mongomo, nas alegações finais do julgamento, transmitidas pela televisão pública (TVGE).

O Ministério Público tinha pedido a pena de morte para todos os réus no julgamento.

Os opositores foram acusados de "sedição, desordem pública, atentados contra a autoridade e ferimentos graves", na sequência dos confrontos ocorridos no dia 05 de novembro do ano passado em Akonibe (no centro da parte continental do país), durante a campanha para as eleições gerais, que se realizaram a 12 de novembro.

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