O presidente do Galaxy Entertainment, Lui Che Woo, observou que o grupo registou "resultados financeiros sólidos" no primeiro semestre, altura em que "o mercado de Macau continuou a mostrar sinais graduais de estabilização".

"O [empreendimento] Galaxy Macau, com o seu grande segmento de massas e instalações extra jogo, é o principal contribuidor para os nossos resultados. Isso, combinado com a transição contínua do [empreendimento] StarWorld Macau para uma operação focada no segmento de massas ilustra (...) a expansão da oferta não-jogo do grupo", acrescentou.

Segundo os resultados divulgados hoje, as receitas da operadora entre janeiro e junho mantiveram-se estáveis em 25,5 mil milhões de dólares de Hong Kong (2,9 mil milhões de euros), representando um ligeiro aumento em comparação com igual período do ano passado, quando foram contabilizadas em 25,4 mil milhões de dólares de Hong Kong (2,8 mil milhões de euros).

Por sua vez, o EBITDA ajustado -- lucros antes de impostos, amortizações e depreciações -- atingiu 4,7 mil milhões de dólares de Hong Kong (537 milhões de euros), mais 13% em termos anuais, um aumento que o grupo justifica com a atenção dada à eficiência operacional e controlo de custos.

Em termos trimestrais, as receitas da Galaxy crescerem 4% em comparação com o período de março a junho do ano passado e o EBIDTA cresceu 22% para 2,3 mil milhões de dólares de Hong Kong (263 milhões de euros).

O grupo Galaxy tem previsto iniciar os trabalhos preparatórios da terceira fase da expansão do Galaxy Macau -- empreendimento na zona de casinos situados entre as ilhas de Coloane e Taipa -- no final deste ano, e da quarta fase em 2017, com "áreas substanciais" dedicadas a atividades extrajogo e dirigidas ao mercado de convenções, entretenimento e facilidades para as famílias.

Em paralelo, mantém os planos para um 'resort' numa parcela de 2,7 quilómetros quadrados, na Ilha da Montanha, território adjacente a Macau, já no interior da China. Esse projeto não contempla, porém, a componente de jogo.

O Galaxy, com interesses de Hong Kong, é um dos seis operadores de jogo do território, mercado que conta com a Sociedade de Jogos de Macau, fundada por Stanley Ho, com a Sands China, do magnata norte-americano Sheldon Adelson, com a Wynn, de Steve Wynn, bem com a Melco, que tem como um dos sócios Lawrence Ho, e a MGM Macau, dirigida por Pansy Ho, ambos filhos de Stanley Ho.

As receitas dos casinos de Macau caíram 4,5% em julho, comparando com o mesmo mês de 2015, para os 17.774 mil milhões de patacas (mais de 1.989 milhões de euros).

Em termos acumulados, nos sete primeiros meses do ano, as receitas dos casinos de Macau, o maior centro de jogo do mundo, diminuíram 10,5% em relação ao mesmo período de 2015.

Este foi o 26.º mês de quedas homólogas consecutivas nas receitas dos casinos de Macau, que são a fonte de mais de 80 por cento das receitas públicas da região e o pilar da economia local.

FV (MP/ ISG) // JPS

Lusa/Fim