O arranque da produção de grafite na mina de Ancuabe é o culminar de cerca de cinco anos de reabilitação da infraestrutura, que estava paralisada há vários anos, na sequência da guerra civil de 16 anos, que terminou em 1992.

Falando na inauguração do empreendimento, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirmou que o início da operação é a concretização de um sonho, pois o projeto vai gerar ganhos para a população local e para o país.

"A mina de grafite está aqui para produzir muitos ganhos ao país, pequenas e médias empresas vão fornecer bens e serviços a esta mina", declarou Filipe Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano afirmou que as empresas moçambicanas devem merecer prioridade no fornecimento de bens e serviços à mina de Ancuabe, dentro dos padrões internacionais de qualidade.

"Um projeto desta dimensão só pode prosperar se a população se sentir parte dela", disse Filipe Nyusi.

O Presidente moçambicano enfatizou que a exploração dos recursos minerais deve ser feita de modo sustentável, como forma de garantir que as gerações vindouras também tirem proveito.

Por seu turno, o embaixador da Alemanha em Maputo, Detlev Wolter, afirmou que o investimento da AMG Graphit Kropfmuhl em Moçambique traduz o compromisso do seu país com a cooperação económica e comercial com o parceiro africano.

"Este investimento mostra que é bom apostar em Moçambique, é um bom país para fazer negócios", disse Wolter.

A presença da empresa alemã na mina de Ancuabe, prosseguiu o diplomata, vai encorajar mais empresas do país a investirem em Moçambique.

A mina emprega 100 trabalhadores, 60 dos quais moçambicanos, e a grafite ali produzido será exportado para a Alemanha.

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