Umaro Sissoco Embaló não prestou à partida, mas fontes que lhe são próximas indicaram à Lusa que vai transmitir à presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) os passos que tem encetado para a formação de um governo inclusivo.

Ellen Johnson esteve em Bissau a 18 de novembro para presenciar a assinatura de um acordo visando a formação do novo executivo no país.

No documento ficou determinado que o novo governo teria que incluir todas as partes envolvidas na crise política e que o primeiro-ministro desse governo seria escolhido por consenso.

A figura teria que ser também alguém da confiança do Presidente guineense, José Mário Vaz.

Mesmo com a mediação da CEDEAO, as partes continuaram a não chegar a um entendimento, pelo que o Presidente guineense decidiu nomear o general na reserva Umaro Sissoco Embaló.

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabop Verde (PAIGC), que venceu as últimas eleições legislativas, diz que não reconhece o novo primeiro-ministro e informou que não irá fazer parte do governo, posição também defendida por outros dois partidos com representação no Parlamento guineense, a União para Mudança (UM) e o Partido da Convergência Democrática (PCD).

Mais de uma semana após a nomeação e a tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló como primeiro-ministro, a Guiné-Bissau continua sem governo formado.

Fonte próxima do primeiro-ministro indicou que o político deverá regressar ao país ainda hoje ou na quarta-feira de manhã, dependendo da reunião com a líder liberiana.

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