Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República adianta que, depois de realizadas "todas as diligências úteis à descoberta da verdade material dos factos sob investigação", o Ministério Público requereu o "julgamento em tribunal singular" do referido agente da Polícia Nacional, que se encontrava em prisão preventiva.

"Ao arguido, agente da Polícia Nacional, foram imputados um crime de homicídio agravado [...] em concurso real efetivo com um crime de armas, todos na sua forma consumada e, este último, atendendo ao instrumento utilizado para o cometimento daquele crime", refere o comunicado.

O caso remonta a março, quando o jovem Hélder Delgado, 19 anos, residente no bairro de Pensamento, morreu depois de ter sido detido por um agente da Polícia Nacional, que alegou que o jovem entrou na sua casa para o roubar.

Depois de imobilizado e algemado, o jovem foi transportado à esquadra da Achada de Santo António, onde passou a noite, tendo sido conduzido de manhã ao hospital inanimado, acabando por morrer.

As circunstâncias do caso estiveram envoltas em contradições, com os familiares a acusarem o agente de agressões fatais, que terão levado à morte do jovem ainda dentro da esquadra de Investigação e Combate à Criminalidade de Achada de Santo António, na cidade da Praia.

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