José Mário Vaz entende que "o país tem perdido muito tempo" em questões teóricas da reforma que deve ser feita e que tem dificultado o funcionamento da própria administração pública.
Para o líder guineense a tarefa do atual Governo, liderado por Umaro Sissoco Embaló, consistirá em "apoiar, facilitar, simplificar e ser pragmática" se pretender superar as dificuldades já identificadas para o sucesso da reforma na função pública, exortou.
José Mário Vaz disse que desde 2008 que se concluiu que a administração pública guineense era desfasada face às receitas do Orçamento Geral do Estado (OGE), por comportar funcionários a mais, cerca de 12 mil pessoas.
"Temos que ter a coragem de fazer as reformas administrativas" enfatizou José Mário Vaz que vê a administração pública como entidade "opaca, de difícil acesso, distante, centralizada, desestruturada, não qualificada, sem credibilidade, ineficaz e que não presta contas".
O Presidente guineense quer que a reforma da administração pública promova os melhores e que estes sejam sobretudo os jovens recém-formados no país e no estrangeiro para que possam ajudar na criação da riqueza e impulsionar o desenvolvimento.
Apesar de o Governo de Sissico Embaló, possuir apenas 18 meses até ao final da legislatura, José Mário Vaz exortou-o a concentrar-se na reforma, trabalho sério e na produção do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses.
O chefe do Estado dirigiu-se especificamente também aos políticos para lhes dizer que são os responsáveis pela persistência da crise que assola o país desde 2015, ao ponto de dois governos não terem conseguido aprovar os seus planos de ação e OGE no Parlamento.
Agradeceu a continuidade dos apoios da comunidade internacional ao país, felicitou as forças armadas pelo seu distanciamento dos problemas políticos e ainda encorajou a seleção de futebol pela sua inédita qualificação à fase final do Campeonato Africano das Nações (CAN) a realizar no Gabão.
O líder guineense prometeu ainda fazer os possíveis para estar presente no jogo de abertura do CAN no dia 14 de janeiro contra o Gabão.
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Lusa/Fim
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