De acordo com estatísticas publicadas no 'site' da Direção dos Serviços de Finanças, em contrapartida, em termos mensais, o preço médio do metro quadrado diminuiu de 117.360 patacas (12.364 euros) para 100.890 patacas (10.629 euros).

Em linha com o aumento anual do preço do metro quadrado, o número das frações transacionadas recuou em termos anuais (de 1.144 para 1.051), verificando-se o cenário oposto na comparação mensal: com queda do preço do metro quadrado subiu o número das frações transacionadas (foram vendidas mais 121 em relação a outubro).

Das três áreas de Macau, a ilha de Coloane era a mais cara, com o preço médio do metro quadrado a fixar-se em 133.871 patacas (14.103 euros), seguindo-se a da Taipa, 114.499 patacas (12.062 euros), segundo os mesmos dados respeitantes às transações de imóveis destinados a habitação que foram declaradas para liquidação do imposto de selo.

Com o preço médio do metro quadrado mais baixo, 95.592 patacas (10.070 euros), a península de Macau registou o maior número de frações transacionadas em novembro (888 contra 818 em novembro de 2016), seguindo-se a ilha da Taipa (143 contra 239) e Coloane (com 20 contra 87).

O preço médio do metro quadrado de frações autónomas destinadas a habitação em Macau (no território em geral, isto é, sem ser por zonas) galgou em maio a barreira das 100.000 patacas (11.122 euros ao câmbio da altura) pela primeira vez desde o início do ano.

A última vez que tal tinha sucedido foi em dezembro de 2016, mês em que atingiu 103.805 patacas (11.537 euros ao câmbio da altura).

Desde a liberalização de facto do jogo, ocorrida em 2004, com a abertura do primeiro casino fora do universo do magnata Stanley Ho, o setor imobiliário tem estado praticamente sempre em alta.

Os preços caíram em 2015, um cenário apontado então como um efeito colateral da queda das receitas do jogo - o principal pilar da economia de Macau - que teve início em junho de 2014 e durou quase dois anos, terminando em agosto do ano passado.

Desde então, os preços das casas foram registando flutuações, mas desde outubro de 2016 têm-se verificado subidas em termos anuais homólogos.

Os elevados preços praticados no mercado imobiliário, tanto na aquisição como no arrendamento, constituem um dos principais motivos de descontentamento da classe média do antigo enclave português.

DM // VM

Lusa/Fim