Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, Alberto Nambeia, presidente do PRS, e Vítor Mandinga, deputado do PCD, indicaram aos jornalistas que o Presidente guineense pediu que a reunião fosse retomada na quinta-feira, após quatro horas de debate inconclusivo.
Em cima da mesa está a escolha de um entre três nomes apresentados por José Mário Vaz para ser o novo primeiro-ministro do país: o general na reserva Umaro Cissoko, o político Augusto Olivais e o diretor do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) na Guiné-Bissau, João Fadiá.
Questionado sobre se um dos três nomes mereceu a confiança dos conselheiros do Estado, Domingos Simões Pereira notou que o órgão "não decide nada, apenas aconselha o Presidente" da República.
Já Vítor Mandinga entendeu que nenhum dos três nomes propostos para primeiro-ministro irá ter a capacidade de fazer aprovar, no parlamento, os instrumentos de governação, o programa do Governo e o Orçamento Geral do Estado.
Para Mandinga, a melhor saída do impasse político seria a promoção de um diálogo nacional "para que os guineenses falem olhos nos olhos, ao invés de se deixarem sucumbir perante imposições internacionais", observou.
O dirigente do Partido da Convergência Democrática fazia referência ao Acordo de Conacri, um documento patrocinado pelos chefes de Estado da Comunidade da África Ocidental segundo o qual a crise será resolvida com a constituição de um novo Governo inclusivo.
O primeiro-ministro desse Governo será uma figura de consenso entre os partidos representados no parlamento e da confiança do Presidente guineense.
MB // ARA
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