A Escola Portuguesa de Cabo Verde começou a funcionar em novembro com 22 alunos do pré-escolar, primeiro e segundo anos do 1ºciclo, num edifício ainda em obras e que corresponde à primeira fase de construção da escola, que quando estiver concluída assegurara o ensino até ao 12º ano de escolaridade.

Alexandra Leitão, que hoje participou no Dia Aberto da Escola Portuguesa de Cabo Verde, na cidade da Praia, adiantou que o Ministério da Educação já tem a verba para a construção da próxima fase, que será edificada progressivamente já a partir do próximo ano.

"A ideia sempre foi que a escola fosse construída em três ou quatro fases, correspondendo a um encargo plurianual do Ministério da Educação. A próxima fase já está orçamentada", disse.

Adiantando que a estrutura arquitetónica ainda está em estudo, a responsável explicou que a ideia é construir mais um módulo "para que se possa evoluir para o 2º e 3º ciclos e daqui a uns anos para o secundário".

Considerando que o atual edifício tem já condições para albergar o 2º ciclo, Alexandra Leitão não deu, contudo, garantias de que isso possa acontecer já no próximo ano letivo.

Assegurada está, segundo a secretária de Estado, a progressão das 22 crianças que já frequentam a escola.

"Esta escola é um sonho de há muitos anos e hoje é dia de celebrar o que já existe. Realisticamente para o próximo ano letivo está assegurada não só a continuidade dos meninos que já cá estão como de todos os que se queiram inscrever no 1.ºciclo (1.º ao 4.º anos) ", disse.

"Se as coisas correrem muito bem, avançamos para o 2.º ciclo (5.ºe 6.º ano) já no próximo ano letivo, mas não é uma promessa, é uma possibilidade", acrescentou.

Sublinhando que a construção da escola representa "um importante" esforço financeiro para o Governo português, não adiantou contudo o investimento envolvido.

A decisão de construir a Escola Portuguesa de Cabo Verde (EPCV), que é uma escola pública do Ministério da Educação de Portugal, foi tomada em julho e o projeto aprovado no início de agosto.

As obras arrancaram, num terreno cedido ao Estado português pela autarquia da Praia, em meados de agosto e as aulas começaram em novembro após vários contratempos que atrasaram os trabalhos.

A escola tem, nesta primeira fase, oito salas: seis salas de aula, um centro de recursos (biblioteca/sala de estudos), uma sala de informática, refeitório e espaços de recreio.

O ensino funciona com programas curriculares e professores portugueses deslocados para Cabo Verde ao abrigo da mobilidade estatutária.

Devido ao início das aulas já depois do arranque do ano escolar em Portugal e em Cabo Verde, este ano o calendário de aulas deverá prolongar-se até finais de junho.

A escola deverá ser inaugurada oficialmente em fevereiro pelo primeiro-ministro António Costa, aquando da sua visita a Cabo Verde para participar na IV Cimeira Luso-Cabo-Verdiana.

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