O naufrágio deu-se na tarde de segunda-feira na sequência de fortes ventos que se abateram sobre grande parte da Guiné-Bissau, com incidência sobre o arquipélago dos Bijagós, e quando a piroga embateu contra uma rocha, tendo-se partido ao meio, precisou Sigá Batista.

A piroga, com motor fora de bordo, utilizada para pesca artesanal, deu boleia a um grupo de passageiros que queriam chegar à ilha de Canhabaque, a partir de Bubaque, mas no meio do caminho, devido aos fortes ventos, acabou por naufragar.

"Das 16 pessoas que se encontravam na piroga, dez foram resgatadas com vida no local, seis estão desaparecidas até ao momento", observou o comandante dos Portos de Bissau, que lamenta a situação.

Uma equipa de socorro, constituída por técnicos do Instituto Marítimo Portuário e os do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) estão a efetuar buscas, mas Sigá Batista tem poucas esperanças em encontrar algum náufrago com vida.

O responsável lamenta o facto de os passageiros da piroga sinistrada viajarem sem coletes.

Sigá Batista alertou que entre outubro e fevereiro o mar está habitualmente agitado devido aos fortes ventos e pediu às pessoas para utilizarem coletes salva-vidas.

"As pessoas usam coletes aqui a saída do Porto, em Bissau, mas logo no mar tiram-nos o que é mau, pois sujeitam-se a riscos desnecessários", defendeu Batista.

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