"Temos sete agentes feridos, mas disso ninguém fala, como se não fossem todos guineenses", afirmou Celso de Carvalho, durante uma conferência.

Na conferência de imprensa, o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública disse que os agentes agiram em "legítima defesa" perante a agressão de que estavam a ser alvo por parte dos manifestantes em Bissau.

Celso de Carvalho acusou os jovens do Movimento de Cidadãos Inconformados com a crise política do país de terem atirado pedras, sacos de água e arremessado um pneu em chamas contra os agentes das forças de ordem.

"Perante estas agressões não podiam ficar de braços cruzados", defendeu o comissário.

Para Celso de Carvalho, a manifestação de hoje tinha como único objetivo "criar confusão" em Bissau e não um protesto pacífico, "como disseram os organizadores da iniciativa".

O comissário afirmou não ter dúvidas de que havia pessoas "infiltradas para criar confusão", o que é da responsabilidade dos organizadores.

Celso de Carvalho considerou também "estranho" a manifestação ter decorrido de forma pacífica da rotunda do aeroporto até à sede do Benfica, a cerca de 250 metros da Presidência da República, para a partir daquele local degenerar em violência.

"Quiseram romper a barreira policial para ir para o Palácio (da Presidência), não deixámos e começaram logo a arremessar objetos contra os nossos agentes", explicou o comissário da POP, para afirmar que alguns manifestantes já traziam as pedras consigo.

O coronel garantiu que a polícia está "calma e serena" e nunca vai permitir que haja desordem pública ou desacatos à autoridade do Estado.

Além dos sete polícias feridos, foram também registados ferimentos em cerca de 20 manifestantes.

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