Após a importante vitória nas primárias de terça-feira no estado do Indiana e da saída da corrida republicana do seu principal rival, o senador Ted Cruz, o multibilionário já foi considerado pelo presidente do Comité Nacional Republicano, Reince Priebus, como o "mais provável" candidato presidencial do partido.

Na primeira entrevista após a vitória no Indiana, Trump reconheceu à estação norte-americana MSNBC que está a ponderar vários candidatos para o cargo de vice-presidente, mas que está inclinado a escolher uma "via política".

"Tenho talento para os negócios. Preciso de alguém que me ajude com a legislação, que seja amigo de senadores e assim evitaremos o caminho da medida executiva", explicou Trump, que também admitiu estar a ponderar a hipótese de um general para a vice-presidência.

"A minha força está na Economia, vamos trazer empregos e vamos fechar acordos comerciais muito bons (...) Um dos pontos fortes será a Defesa, vou tirar [os EUA] da confusão do Médio Oriente e ganhar", vaticinou.

Na mesma entrevista, Donald Trump - que deverá ser confirmado como candidato presidencial na Convenção Republicana de julho em Cleveland no Ohio (precisa de conquistar menos de 200 delegados para alcançar os 1.237 necessários) - não esqueceu a candidata favorita do lado democrata: Hillary Clinton.

"Não devia sequer concorrer às eleições", afirmou Trump, recordando os escândalos associados a Hillary Clinton, nomeadamente o uso de um servidor privado para enviar mensagens eletrónicas sobre assuntos sensíveis quando era secretária de Estado da administração do atual Presidente Barack Obama.

Donald Trump assegurou ainda que a sua candidatura vai conseguir atrair democratas que estão insatisfeitos com o Partido Democrata, como já aconteceu em algumas primárias, em que um grande número de democratas registados mudou de filiação para votar no multibilionário.

As eleições presidenciais norte-americanas estão agendadas para 08 de novembro deste ano.

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