"É para mim um prazer partilhar convosco este evento de divulgação do Acordo de Financiamento entre a União Europeia e os seus parceiros de implementação (Entraide Médicale Internationale, Instituto Marquês Valle Flôr e Fundo da ONU para a Infância) no âmbito da continuação do apoio da União Europeia ao Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materno-Infantil", afirmou o representante da União Europeia em Bissau, Vitor Madeira dos Santos.
O programa teve início em 2013 e pretende diminuir a mortalidade das crianças menores de cinco anos e das mulheres grávidas com consultas, atos médicos e medicamentos gratuitos.
"A favorável avaliação externa ao programa, feita em 2016, recomendou a sua continuação e cobertura nacional para os próximos quatro anos. O custo total da segunda fase é de 22,7 milhões de euros, sendo 88% do montante financiado pela União Europeia e os restantes 12% pelos parceiros associados e cooperação portuguesa, através do Instituto Camões", acrescentou.
A segunda fase do programa, hoje apresentada em conferência de imprensa, vai beneficiar diretamente cerca de 200 mil crianças menores de cinco anos, 300 mil mulheres com idades entre os 14 e os 49 anos e 70 mil mulheres grávidas.
O programa engloba as 11 regiões sanitárias do país, abrangendo um total de 132 centros de saúde e inclui formação de mais 635 novos agentes de saúde comunitária e o abastecimento de medicamentos.
"Sem esta frutífera cooperação não teria sido possível atingir os níveis de indicadores de saúde que atualmente registamos. Nos próximos anos o apoio dos parceiros internacionais continuará a ser fundamental", afirmou o ministro da Saúde guineense, Carlitos Barai.
Segundo o ministro da Saúde guineense, em 2014, a taxa de mortalidade infantil de crianças com menos de um ano foi de 55 por cada 1000 nascimentos e de crianças até cinco anos de 89 mortes por cada 1000 nascimentos.
"A taxa de mortalidade materna ronda o valor de 900 mortes por em 100.000. Tendo em conta os dados estatísticos torna-se claro que a Guiné-Bissau tem de melhorar substancialmente os seus indicadores para conseguir alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", salientou.
MSE // PJA
Lusa/Fim
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