"Nenhum das opções do Programa do Governo espanta", afirmou Jerónimo de Sousa, durante o debate sobre o Programa do Governo, na Assembleia da República.

O dirigente comunista acrescentou que a "ausência de respostas" para resolver os problemas do país é "o que pesa mais nesta circunstância é que se inicia uma nova maioria absoluta do PS".

"A realidade nacional reclama uma política que ponha um travão ao aumento do custo de vida (...). Como é que recusando as respostas às necessidades mais sentidas dos trabalhadores e reformados, das micro, pequenas e médias empresas, o Governo pode ambicionar e dar resposta aos problemas do país?", questionou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral comunista exortou o executivo a avançar com o aumento do salário mínimo para 850 euros, pedindo que, "pelo menos, reponha o poder de compra aos pensionistas que a inflação colocou em causa".

O primeiro-ministro, António Costa, respondeu secretário-geral comunista que o Programa do Governo é um programa que "dá continuidade" ao percurso iniciado em novembro de 2015.

"Tenho uma certa sensação de que estamos exatamente no ponto em que estávamos a última vez que aqui nos encontrámos. Os argumentos são, essencialmente, os mesmos, como se nada tivesse acontecido. Aconteceram muitas coisas no entretanto", advertiu Costa.

O primeiro-ministro defendeu que o programa foi desenhado para o possibilitar "a melhoria das condições de vida dos cidadãos, para a melhoria dos salários e para a redução das desigualdades".

AFE // JPS

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