Marina Ovsyannikova foi acusada ao abrigo de uma lei promulgada após a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, que penaliza declarações contra os militares, uma condenação punível até 15 anos de prisão.

A multa foi aplicada pelos seus comentários num tribunal onde a figura da oposição Ilya Yashin foi detida, enquanto aguardava julgamento por disseminar informações falsas sobre os militares.

O órgão de informação Meduza, com sede na Letónia, que cobre a atualidade na Rússia, disse que Ovsyannikova apelidou a invasão da Ucrânia de "crime horrível".

Anteriormente, a jornalista já tinha sido multada em 30.000 rublos (cerca de 476 euros) por ter empunhado um cartaz antiguerra durante o noticiário da noite de 14 de março transmitido no canal estatal One.

Em russo, o cartaz dizia: "parem a guerra, não acreditem na propaganda, eles estão a mentir-vos aqui". Em inglês, estava escrito: "não à guerra" no topo e "russos contra a guerra" em baixo.

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