As forças especiais ucranianas difundiram imagens nas redes sociais, mostrando os seus oficiais em Kupiansk, "que foi e será sempre ucraniana", disseram. ´

As imagens mostram um grupo de soldados de camuflado, com armas automáticas e reunidos em torno de um veículo blindado.

Um responsável regional publicou, por seu lado, uma fotografia de soldados ucranianos na cidade de 27 mil habitantes, com o texto: "Kupiansk é a Ucrânia".

O novo avanço importante reivindicado pelas forças ucranianas acontece depois de Kiev ter afirmado ter recuperado nos últimos dias o controlo de 30 localidades na zona de Kharkiv, na fronteira com a Rússia.

A cidade de Kupiansk, situada a cerca de 120 quilómetros a sudeste de Kharkiv, caiu nas mãos dos russos menos de uma semana depois do início da ofensiva de Moscovo na Ucrânia, a 24 de fevereiro.

A tomada de controlo pelas forças ucranianas pode colocar um sério problema a Moscovo, uma vez que a cidade se encontra nas rotas de abastecimento de outras posições russas na linha da frente.

Kiev pode brevemente, de acordo com observadores do conflito, aumentar a sua pressão sobre outras cidades controladas pelos russos, sobretudo Izium, que tinha uma população de cerca de 45 mil habitantes antes do início da guerra e que tem uma grande importância para as operações militares de Moscovo.

A ofensiva lançada em 24 de fevereiro na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

IMA // ACL

Lusa/fim