"O secretariado nacional do Madem-G15 vem tornar pública a sua condenação a este ato bárbaro e violento que visa somente pôr em causa, mais uma vez, a ordem constitucional e o Estado de Direito democrático na Guiné-Bissau", refere o partido num comunicado divulgado à imprensa.

O Madem-G15 informa também a "opinião pública nacional e internacional" de que o partido "não compactua e nem compactuará com violência" e "repudia com veemência" tentativas de chegar ao poder que não sejam por via democrática e "exige que os atores sejam responsabilizados".

O Madem-G15 faz parte do Governo guineense, juntamente com o Partido de Renovação Social e a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderado pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

Vários tiros foram ouvidos na terça-feira perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e por Portugal, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola e Espanha.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio da Presidência, o Presidente guineense afirmou ter-se tratado de um "ato bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga".

O ataque provou pelo menos seis mortos e quatro feridos, segundo fontes militares e médicas.

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