A agência de notícias EFE avançou que os organizadores da manifestação de apoio a Vladimir Putin, incluindo ativistas antivacinas, culparam os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) pela agressão da Rússia à Ucrânia, descrevendo-os como "o maior perigo para a paz mundial".

Por seu turno, a comunidade ucraniana convocou um contraprotesto, que, segundo a EFE, reuniu mais de 1.000 apoiantes.

Durante a marcha pró-Ucrânia, o pastor metodista Gábor Iványi, crítico do Governo ultranacionalista húngaro, pediu desculpa aos ucranianos "porque nem todos os húngaros os apoiaram [aos russos]".

O Governo do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, condenou a invasão russa de forma mais leve do que a maioria dos líderes da União Europeia ou dos países da NATO, aos quais a Hungria pertence, e recusou-se firmemente a apoiar militarmente a Ucrânia ou a sancionar a compra de hidrocarbonetos russos.

Viktor Orbán e os meios de comunicação que lhe são favoráves, a grande maioria no país, apresentaram Putin como um aliado na defesa dos valores tradicionais contra os princípios "alienígenas" à cultura húngara que afirmam defender Bruxelas.

Pouco antes das eleições do dia 03 de abril, em que Orbán conquistou a sua quarta maioria absoluta consecutiva, 72% dos húngaros manifestaram a sua concordância com a política de neutralidade do Governo face à guerra na Ucrânia.

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