"O que nos resta é ser oposição muito mais eficaz para que amanhã os portugueses tenham uma alternativa e não vejam num mal pior aquilo que realmente, no que nos respeita, não é melhor", afirmou o líder no discurso de consagração perante o 29.º congresso e após a eleição da sua Comissão Política Nacional.

Nuno Melo insistiu que o CDS-PP "faz falta a Portugal" e "não morreu para a democracia" nas eleições legislativas de janeiro, que ditaram o afastamento do partido da Assembleia da República e traçou como um desígnio voltar a eleger deputados.

Afirmando que o primeiro-ministro tem "o coração em Bruxelas" e que "isso é nítido", acredita que a saída de António Costa pode significar eleições antecipadas.

"Nós somos pela estabilidade dos mandatos, mas se tivermos eleições legislativas antecipadas, o CDS estará preparado e será nesse dia que voltará à Assembleia da República", salientou.

E defendeu que "quando a IL se quer sentar à esquerda do PSD", o PSD está "ao centro" e "basicamente o Chega se quer sentar à direta do regime", existe "todo um espaço deste humanismo personalista entre o PSD e o Chega que faz nisso um buraco doutrinário que não está na Assembleia da República".

"Somos nós e queremos lá voltar", atirou.

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