"Tendo em atenção a gravidade do que se passou, nada pode ficar por esclarecer, em dúvida ou sob suspeita", disse à agência Lusa o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, afirmando que a Assembleia da República tem formas de analisar, com reserva, essa parte do relatório não divulgado pelo Governo para "proteger dados pessoais" das vítimas.

O Ministério da Administração Interna não divulgou o capítulo do relatório pedido à equipa de Xavier Viegas com os pormenores das mortes de cada uma das 64 vítimas mortais e pediu um parecer à Comissão Nacional de Proteção de Dados Pessoais (CNPDP).

Agora, o CDS espera que a comissão tome uma decisão rapidamente e, se tal não acontecer, pede ao Governo que entregue ao parlamento o documento em que pode não estar inscrito o nome das pessoas envolvidas, as vítimas, ou pedir "reserva de confidencialidade" ou que seja discutido "à porta fechada" na comissão de Assuntos Constitucionais, explicou Nuno Magalhães.

Hoje, o semanário Expresso divulgou parte do relatório de Xavier Viegas, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, sem revelar nomes, e em que mostra terem existido falhas no socorro às vítimas.

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