O evento estreia, nesta quarta edição, o programa "Highlights" e, nesse âmbito, é exibido, em antestreia, o novo filme de Sofia Coppola, no grande auditório do Rivoli, pelas 21:30.
A sequela do filme promovido por Al Gore sobre alterações climáticas e um documentário sobre a cantora e modelo Grace Jones são outros dos destaques do Porto/Post/Doc deste ano citados pelo organizador Dario Oliveira, em entrevista à Lusa, à margem de uma conferência de imprensa realizada hoje no Teatro Municipal Rivoli.
"Uma Sequela Inconveniente: A Verdade ao Poder", de Bonni Cohen e Jon Shenk enquanto sequela do premiado "Uma Verdade Inconveniente", é exibido no dia 30 de novembro e trata-se de "um filme que urge ver", segundo Dario Oliveira.
O documentário "Grace Jones: Bloodlight and Bami", de Sophie Fiennes, que passa dia 02 de dezembro, às 21:30, no Rivoli, é outro dos filmes apontados por Dario Oliveira e que aparece na secção Transmission (cinema cruzado com a música), sendo "muito mais do que um 'biopic'" da cantora.
"The Unseen", de Miroslav Janek, exibido dia 01 de dezembro, pelas 16:30, no pequeno auditório do Rivoli, é outro dos destaques que Dario oliveira faz.
"É um filme inesquecível em que o Miroslav Janek acompanha uma escola de cegos a quem é distribuída uma máquina fotográfica e os miúdos fazem o registo diário das suas atividades. Como eles dizem, em determinado momento do filme, para que as outras pessoas saibam o que é o dia-a-dia deles. É um filme que retrata um quotidiano com uma poética de cinema e com uma franqueza impressionante", comenta Dario Oliveira.
O Porto/Post/Doc conta com uma competição internacional com 12 filmes e vários programas paralelos a decorrerem no Rivoli, no Passos Manuel, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e no Maus Hábitos.
Ainda no âmbito do programa "Highlights", é exibido também em antestreia um dos filmes-sensação de Cannes deste ano: "120 Battements par Minute", de Robin Campillo.
Há um programa especial dedicado ao tema do Arquivo e Memória, criado em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, para exibir filmes recentes que utilizam material de arquivo, de onde se destaca o foco dedicado ao centenário da morte de Jean Rouch, "o revolucionário e grande amigo da cidade do Porto e de Manoel de Oliveira", explica Dario Oliveira.
Com um orçamento atual que ronda os 130 mil euros, o festival espera agora pelo resultado dos apoios para o triénio 2018-2020.
Apostar na programação e, particularmente, num projeto educativo são outras prioridades, porque a "alfabetização a partir das imagens é fundamental neste momento", afirmou Dario Oliveira.
CCM // TDI
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