"O dinheiro hoje na Europa chega a ser mais barato que o financiamento chinês, mas o problema é a perceção do risco, é preciso trabalhar mais para mitigar a perceção de risco pelos investidores europeus", disse Patrice Trovoada à Lusa durante uma visita a Lisboa para promover o investimento estrangeiro no arquipélago.

"Estou convencido de que se houver uma advocacia correta, arranjaremos também fontes de financiamento na Europa", acrescentou o primeiro-ministro, que aproveitou para salientar a "as reformas e a estabilidade" do arquipélago que governa.

A União Europeia é o maior parceiro comercial de África, com troca anuais que ultrapassam os 200 mil milhões de euros, "mas a China está também com 200 mil milhões de dólares, o que leva toda a gente a perceber que tem de se tomar em conta o país", que recentemente anunciou que iria disponibilizar 60 mil milhões de dólares para investimentos chineses no continente africano.

"Se continuarmos com dificuldades de diálogo e compreensão, os chineses estarão sempre à frente dos europeus", concluiu Patrice Trovoada.

Nos dias 11 e 12, realiza-se em Macau mais uma edição do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau. São Tomé e Príncipe não pertence formalmente a este fórum.

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